28 fevereiro, 2007

A bola da vez parecem ser os cupcakes. Quase todos os blogs que freqüento vêem dedicando posts e mais posts sobre o assunto. São receitas, formas, recipientes, brinquedos, enfim...todo um fantástico mundo altamente convidativo. Eu também já entrei na onda e encomendei na Amazon um livro novo totalmente dedicado ao assunto.


Este é uma espécie de tupperware própria para carregarmos nossos cupacakes. Cabem 24. São encontrados aqui.
Estes são stencils para cupcakes. Estão aqui.

Esta foto é do blog Yarnstorm.

Estas fotos lindas encontrei no blog Mahar Drygoods.




Este está aqui. Virou meu sonho de consumo.

26 fevereiro, 2007

"(...)
Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folhas de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
(...)"

Tabacaria - Álvaro de Campos

24 fevereiro, 2007

O maravilhoso mundo do chá

Desde que me entendo por gente tenho uma paixão declarada por chás. Me lembro de que quando tinha uns 8 anos de idade ganhei um lindo bule de ágata laranja que me lembrava Alice no País das Maravilhas. Perdi a conta de quantas vezes me passei por ela, levando meu lindo bule com água escaldante para meu quarto e lá passando horas e horas fazendo origami, lendo ou simplesmente desenhando. Acho que foi a partir de então que me tornei uma colecionadora – não intencional – de bules, xícaras e apetrechos de chás. Como todos sabiam desta minha paixão, enchiam-me de mimos a ela relacionada. E nesta aventura já provei chás deliciosos e inesquecíveis. Recentemente estive em Buenos Aires, onde tive a oportunidade de visitar uma loja de chás única – a Tealosophy, de Inês Berton, uma das maiores especialistas em chá do mundo. Vale a pena visitar seu site e ter uma pequena idéia do que é este lugar. Sou fã de inúmeros chás – importados, nacionais, medicinais, de ervas frescas ou sementes. E ultimamente tenho procurado utilizar mais chás em minhas receitas. Eis algumas tentativas:

Granita de Menta

750 ml de água
5 saquinhos de chá de menta
1 punhado de hortelã fresca
110 g de açúcar granulado
3 colheres de sopa de suco de limão

Ferva a água e adicione os saquinhos de chá, as hortelãs frescas e o açúcar. Deixe em infusão por 15 a 20 minutos. Adicione o suco de limão e deixe esfriar. Coe e despeje o líquido num tabuleiro. Leve ao freezer por mais ou menos 30 minutos. Raspe a superfície congelada com um garfo.


Bolo de Chá com Mel e Ameixas

1/2 xícara (chá) de chá preto forte
4 ovos (as claras em neve)
1 xícara (chá) de açúcar
1/2 xícara (chá) de mel
4 colheres (sopa) de manteiga
1/2 colher (chá) de canela em Pó
2 xícaras (chá) de trigo
1/2 xícara (chá) de ameixa preta picada e enfarinhada
1 colher (sopa) de fermento em pó

Num bowl misture todos os ingredientes e, por último, acrescente as claras em neve. Leve ao forno por quarenta minutos na temperatura 280ºC.

Ambas as receitas foram encontradas na Internet.





21 fevereiro, 2007

O pão nosso de cada dia

“O mundo se divide em dois campos: aqueles que conseguem viver felizes apenas com pão e aqueles que também precisam de legume, carne, laticínio. Isaías e eu nos enquadramos na primeira categoria. O pão é o único alimento que, por si só, satisfaz completamente. Conforta o corpo, agrada aos sentidos, satisfaz a alma e estimula a mente. Um pouco de manteiga também ajuda.”

Há muito não me divertia tanto lendo um livro sobre gastronomia. Este trecho, retirado do livro O Homem que comeu de tudo, de Jeffrey Steingarten, pertence ao primeiro capítulo do livro intitulado O Pão Primevo. É simplesmente maravilhoso. Nele, o autor nos conta, em forma de diário, suas aventuras ao tentar preparar seu próprio fermento. Delicioso e divertido, o resultado é uma maravilhosa aula sobre os segredos de se fazer pão, não faltando receitas e dicas de leituras sobre o assunto. Estou apenas no terceiro capítulo e já estou angustiada com a possibilidade de, em breve, terminá-lo. Ainda bem que acabei de saber que já editamos outro livro do autor – Deve ter sido alguma coisa que eu comi – ambos pela Companhia das Letras.

20 fevereiro, 2007

Ressaca carnavalesca


Depois de cinco dias de muita bobagem ( e olha que eu tentei evitar) é hora de começar a pensar numa desintoxicação alimentar. E nada como um delicioso refresco feito com água de coco muito gelada e figos frecos. Experimente!

19 fevereiro, 2007


(...)
“Imagine um pobre exilado contemplando essa coisa inerte e um anjo de repente chega de uma terra melhor e coloca à frente dele um poderoso assado de cervejaria, de cinco centímetros de altura, crepitando na assadeira, temperado com perfumada pimenta em pó e acrescidos de pedacinhos de manteiga derretidos, bem fresca e autêntica. Os preciosos sucos da carne escorrem e entram no molho, que é rodeado por um arquipélago de cogumelos; um ou dois pedaços de tenra e amarela gordura formam um distrito nesse abundante condado de bife; o comprido e branco osso que separa o lombo do filé continua no mesmo lugar. Imagine que o anjo também dê uma grande xícara de café americano feito em casa, com o creme espumante por cima, um pouco de manteiga de verdade, firme, amarela e fresca, alguns pãezinhos quentes, fumegantes, um prato de bolo quente de trigo mouro acompanhado de um melado transparente: será que as palavras conseguem descrever a gratidão desse exilado?”
(...)

Comida americana versus européia (Do Livro Um mendigo no estrangeiro, 1880)
In: Twain, Mark. Dicas Úteis para uma Vida Fútil. Um manual para a maldita raça humana. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2004.

15 fevereiro, 2007

A Susan do Fatfree Vegan – um blog que adoro – promoveu um evento ligado ao Valentine Days de receitas vegans de baixa caloria. Adoraria ter participado mas, como sabem, não tenho uma máquina digital e sempre acabo me enrolando e não conseguindo organizar tudo dentro do prazo previsto. De qualquer forma as receitas foram todas postadas e me encantei com uma receita de ravióli de semolina – uma massa bem mais simples de fazer do que a que estou acostumada (a massa tradicional que leva 1 ovo para cada 100 g de farinha de trigo). Resolvi testá-la hoje e foi super aprovada. Eis a minha receita:

Raviolonis de abóbora com molho de tomate

Para a massa:

1 xícara de farinha de semolina
1 pitada de sal
2 colheres de sopa de azeite
½ xícara de água

Misture tudo e deixe descansar coberta com uma toalha por 30 minutos. Abra a massa com um rolo e vá acrescentando semolina para ajudar na tarefa. Recheie. Leve para cozinhar em água fervente e salgada. Quando os raviolonis subirem à tona estão prontos.

Para o recheio:

Abóboras cozidas e amassadas
Sal
Noz moscada ralada
Parmesão ralado

É só misturar tudo e empregar.

Para o molho:

3 colheres de sopa de azeite
2 alhos picados
2 latas de tomates sem pele
sal, pimenta do reino e 1 pitada de açúcar

Basta refogar o alho no azeite e acrescentar os tomates inteiros. Tempere e vá, na medida que forem cozinhando, esmagando os tomates. É um molho mais denso que o normal.

Esta é a semolina que eu gosto de usar.

Granitas

Adorei uma receita rápida de sobremesa que Jamie Oliver fez em seu programa sobre ervas frescas – Granita de verbena com chutney de maças. Com certeza esta receita vai aparecer aqui na cozinha do casarão da Estrada por estes dias. Já tinha lido uma receita de granita da Tatu do Mixirica (publicada na Casa da Chris) e já tinha ficado com vontade de fazer – como sabem amo sorvetes, e esta versão “pré-arcaica” me pegou de jeito – além de ser bastante simples de ser feita, é rápida e certeira. Nem preciso esperar a tal máquina de fazer sorvetes que anda povoando meus sonhos ...

Granita de Verbena com Chutney de maças

Ponha para ferver 300 ml de água. Junte 1 colher de sopa de açúcar, 1 punhado (não muito) de verbena fresca, cascas de 1 limão siciliano e metade de seu suco. Desligue o fogo e acrescente alguns cubos de gelo para resfriar a água. Coe o líquido e separe as folhas e as cascas. Espalhe o líquido numa forma e leve ao congelador. É bastante rápido o processo. Uns 20 minutos depois, a água já deverá estar cristalizada. Basta raspá-la com um garfo. Leve novamente ao freezer até a hora de montar a sobremesa.

Para o chutney

Ferva 2 colheres de sopa de açúcar. Quando estiver com um tom caramelo, acrescente 1 maça verde ralada no ralo grosso e as verbenas e cascas de limão picadas. Deixe apurar rapidamente. Reserve.

Monte a sobremesa da seguinte maneira. Utilize um copo transparente. Faça uma camada com o chutney, uma de creme de leite fresco e finalize com uma camada de granita. Enfeite com uma folhinha fresca de verbena e despeje o restante da calda do chutney. A sobremesa fica linda e, me parece, deliciosamente refrescante. Boa pedida de verão.
Esta imagem é apenas para nos dar uma idéia da textura das granitas. Ela foi retirada do site Epicurious, onde também se encontram suas respectivas receitas. Estas são de blueberry com gengibre, maça com erva-doce, ruibarbo com lambrusco e de pepino.

Obrigada, Allen Ginsberg !

As vezes me sinto como a última hippie do mundo. Depois da correria matutina para acordar e arrumar os filhotes, dar o café da manhã, preparar a merenda escolar, escovar seus dentes e vê-los sair, volto para o computador e começo a tentar esboçar alguns parágrafos da tese. Não, hoje não vai dar, acho que vou ao cinema. Como estou sem dinheiro para o táxi, resolvo que vou a pé – afinal de contas, são apenas dois bairros a nos separar. No caminho, resolvo dar uma passadinha na Cobal, conversar com uma tia querida, olhar as bancadas com suas folhas e flores lindas, almoço no último reduto de comida natureba da face da terra (aquele mini restaurante vegetariano que ainda não entrou na onda chic dos vegans crudívoros. Saio saciada e satisfeita, ganho um copinho de chá na saída e vou ao cinema. Na saída encontro uma amiga, assim, sem combinar nada, sentamos e conversamos, encontramos mais algumas pessoas queridas e ficamos de papo – já é hora de buscar os filhotes. Sempre fico emocionada neste momento – é quando nos reunimos novamente e vamos para casa contar as novidades do dia, preparar o jantar, contar histórias para dormir. Foi um dia bonito – simples, tecido de acontecimentos básicos – como todos devem ser. Resolvo coroá-lo assistindo ao dvd de Bob Dylan que ganhamos de Natal – e como um prêmio inesperado, vejo surgir na tela a figura linda de Allen Ginsberg declamando trechos de seus poemas. Me sinto parte de um universo cósmico que vai além de todos estes novos e estranhos valores que parecem fazer parte deste nosso enlouquecido e pós-moderno dia-a-dia, crivado de narrativas estilhaçadas e “ismos” que já nem faço questão de entender. E durmo feliz!

UM SUPERMERCADO NA CALIFÓRNIA


Muito venho pensado em ti nesta noite, WaltWhitman,
enquanto caminho pela calçada sob as árvores, com uma incômoda
dor de cabeça e olhando a lua cheia. Em meu faminto cansaço, e fazendo compras na imaginação,
fui ao supermercado de neon e frutas, sonhando com tuas listagens!
Que pêssegos e que penumbra! Famílias inteiras
nas compras da noite! Corredores cheios de maridos! Mulheres nos
abacates e bebês nos tomates! — e você, Garcia Lorca,
que estava fazendo diante dos melões?

Te vi, Walt Whitman, sem filhos, velho comilão solitário,
apalpando as carnes do refrigerador e lançando olhares
aos jovens vendedores.

Te ouvi perguntar a eles todos: quem matou as costeletas
de porco? qual o preço das bananas? quem é meu Anjo, tu?
Vagueei por entre as prateleiras brilhantes de latas,
te seguindo e sendo seguido pelo detetive da casa,
em minha imaginação.

Percorremos os grandes corredores, juntos em nossa solitária fantasia,
provando alcachofras, pegando todas as delícias congeladas, sem passar pela caixa.
Para onde estamos indo, Walt Whitman?
Dentro de uma hora as portas se fecham. Qual o caminho que tua barba hoje aponta?

(Toco em teu livro e sonho com nossa odisséia no super- mercado — e me sinto absurdo). Iremos caminhar a noite toda por essas ruas solitárias?
As árvores acrescentam sombras as sombras, luzes apagadas nas casas,
ambos estaremos sozinhos.
Andando e sonhando com a América perdida de amor, passaremos por automóveis azuis no estacionamento a caminho do nosso solitário refúgio?

Ah, querido pai, de barbas cinzas, velho e solitário professor de coragem,
que América te conheceu quando Caronte desistiu de empurrar seu barco e desceu-te na margem enfumaçada e ficou vendo o barco desparecer nas negras águas do Letes?

Allen Ginsberg (tradução de Flávio Moreira da Costa)

11 fevereiro, 2007

Ahá Uhú! O Maraca é nosso !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Como torcedora do inigualável mequinha, fica aqui a minha homenagem à linda campanha que vem realizando no campeonato carioca de 2007.


Que tal um penne alla diavolo?


Refogue 1 cebola picada, 1 alho picado, 1 pimentão vermelho picado, 1 pimentão verde picado e 1 ramo de alecrim fresco em azeite de oliva. Acrescente 200 g de tomates sem pele e sem sementes picados (pode ser em lata). Deixe apurar. Salgue e tempere com flocos de peperoncine seco. Se quiser, acrescente lascas de azeitonas pretas e sirva com um bom parmeggiano reggiano.


05 fevereiro, 2007

Oba!!!


Finalmente realizei um antigo desejo – preparei um soba de jantar. E não acredito que demorei tanto para provar esta delícia. Bom, provavelmente irei degustá-la semanalmente a partir de agora. Mas vamos lá. Primeiro, preparei um molho base. Cozinhei um pedaço de alga kombu em 3 xícaras de água por mais ou menos meia hora. Desliguei o fogo e acrescentei 1 colher de café de sal e 5 colheres de sopa de shoyu. Deixei esfriar.
Cozinhei 100 g de soba em água fervente por 6 minutos. Escorri o soba e o depositei em uma tigela com água gelada. Quando ele esfriou completamente, escorri ele novamente e temperei da seguinte forma: 1 colher de sopa de óleo de gergelim torrado, 1 colher de vinagre de arroz, 3 colheres de sopa de molho base e 2 colheres de cebolinha picada. Por último acrescentei 3 colheres de gergelim torrado (2 de branco e duas de preto). Depois, o coloquei num pequeno e lindo bowl, desencavei 1 par de hashis e ... delirei!

04 fevereiro, 2007

Licença poética

Lembro-me de um post da Fer sobre a omelete de madame Poulard que considerei fantástico. Nele, Fer transcreve a receita da famosa omelete acentuando sua escrita única.

“Aqui está a receita da omelete. Eu quebro uns bons ovos numa vasilha. Eu bato esses ovos bem batido. Eu coloco um bom pedaço de manteiga numa frigideira. Eu jogo os ovos nela e chacoalho constantemente. Eu fico feliz, mounsieur, se essa receita lhe agradar.”

Me lembro de que ao ler este trecho destacado ter pensado – “é isso si, tudo é uma questão de narrativa”. Como estudiosas de literatura que sou, não pude deixar de me encantar com o fato de que até mesmo numa receita (que é, como o próprio nome sugere, uma narrativa objetiva) há um número de x de opções que impõem a presença de um “eu” que se manifesta e que faz com que cada receita seja uma peça literária. E nisso há “receitas e receitas”, “cozinheiras e cozinheiras” e muitas escritoras (e escritores) de mão cheia. Basta lembrarmos de Elizabeth David ou de M.Fisher. Basta darmos uma volta nesse pequeno universo dos blogs culinários para termos a confirmação disso.
Bom, tudo isso para dizer que ontem, quando li o post da Tami elencando os soufflês preparados por ocasião do Hay Hay It's Donna Day fiquei sem saber se deveria entender a descrição do meu soufflê positivamente ou não.
“Lara of Ratatouille in Rio works her way around the no-peeking rule with her light and delicious Souffle of Passion Fruit.”
É claro que esbarrei com a questão da língua e confesso que não tive a sensibilidade de entender se havia de fato um tom irônico no texto, ou não. (Dúvida reforçada pela escolha da foto). Depois de ficar um bom tempo batutando sobre o assunto, resolvi não gastar nem mais 1 neurônio com isto (o que me fez escrever este post) e deletar essa questão da minha cabeça. Não sem antes invocar Madame Poulard, não pelo brilhantismo de sua escrita, mas pela certeza de que há lugar para todo e qualquer tipo de narrativa na cozinha. Assim como na vida.
Ah! E por falar nisso, me encantei com a receita de soufflê de aveia – acho que vou prepará-la hoje. E se calhar (para usar uma expressão dos portugueses) participarei de muitos Donna’s Day na vida.
Buon appétit !

03 fevereiro, 2007

Um site cheio de coisas legais.

Quem resiste?

02 fevereiro, 2007

Comidas da memória

Infelizmente não consegui nem postar nem preparar a minha comida de memória a tempo. Tive uma semana completamente enlouquecida, mas já havia preparado o meu post e resolvi postá-lo mesmo assim. Fica como uma homenagem a Valentina e também a minha tia Ercília.

"Quando vi o post da Valentina convocando para o evento “Comidas da memória” imediatamente me vieram duas receitas na cabeça – a do Bolinho de água quente e a do Bolinho de arroz integral. Ambos os bolinhos fazem parte das minhas mais remotas memórias gustativas da infância. Depois de muito pensar, optei por fazer os Bolinhos de água quente em memória à autora da receita – minha tia Ercília, cozinheira de mão cheia, que me legou algumas de suas deliciosas receitas. Como toda tia-avó italiana, tia Ercília cozinhava muito bem, até o final da vida tinha energia suficiente para encarar sua cozinha e realizar o desejo das pessoas. Quando fiquei grávida do meu primeiro filho, pedi a ela que fizesse os tais bolinhos para mim (que eu não comia há anos, porque na verdade, são um pecado da gula, e só na infância me permitia comê-los sem culpa), e ela fez e eu comi milhares deles. Alguns dias depois, fui convocada para ir até sua casa e vê-la preparando os bolinhos. Segundo ela, aprendendo a fazê-los, eu poderia me encarregar de passar a receita adiante ... E é isto que estou fazendo hoje.
Na realidade, estes bolinhos são muito parecidos com os famosos bolinhos de chuva de Dona Benta, mas por conta da água que leva na massa, são bem mais leve. Aí vai a receita:

Bolinhos de Água Quente

1 ½ copo de água morna
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher de sopa de açúcar
1 pitada de sal
1 ovo

Misture todos os ingredientes e, por fim, acrescente 1 colher de sopa de pó Royal. Frite os bolinhos a colheradas em óleo quente, com o cuidado de manter o fogo bem baixinho. Depois de fritos, passe os bolinhos numa mistura de açúcar com canela."

Agradecimento

Esta receita é uma homenagem sincera a Iemanjá, a rainha do mar.







Viradinho de Abobrinha

- sal
- 4 ovos batidos
- 2 xícaras (chá) de FARINHA DE MILHO BRANCA
- 1 colher (sopa) de alho amassado
- 2 colheres (sopa) de óleo
- 2 tomates picados
- 2 abobrinhas médias picadas
- 100g de bacon picado
- 1 cebola média picada


Frite o bacon, a cebola e o alho.
Junte o óleo e o tomate.
Refogue até desmanchar um pouco o tomate.
Acrescente a abobrinha com 4 colheres de sopa de água, tampe a panela e cozinhe até amaciar.
Misture o ovo e deixe no fogo baixo, mexendo até cozinhar o ovo.
Junte a FARINHA DE MILHO BRANCA, mexa bem, prove o sal e sirva.


Muito Obrigada!

Gol de placa

Esta forma faria um sucesso tremendo aqui em casa.

Ultimamente eles só pensam em futebol...

01 fevereiro, 2007

Julie Byrnes

“O foco atual de minha arte é o que eu chamo de experiência urbana doméstica. Estou documentando a evolução da cozinha - a assimilação que faz dos ícones do passado e a sua vocação de em ser “a alma da casa”.

É assim que o artista plástico australiano Julie Byrnes descreve seu trabalho. Vale a pena conhecer sua obra.
.